O deputado federal Paulo Alexandre Barbosa convocou, por meio das redes sociais, uma mobilização popular pelo fim das saídas temporárias de presidiários, que têm gerado grande insegurança na população. O parlamentar criou um abaixo-assinado on-line (disponível aqui) para pressionar o Senado Federal a aprovar a iniciativa, já aprovada na Câmara dos Deputados.
 

Barbosa incentiva a participação de familiares, amigos e todos os que compartilham dessa preocupação com as “saidinhas” para unir forças na manifestação pelo fim do privilégio. “Participe, assine nosso abaixo assinado, se mobilize, engaje as pessoas próximas para que a gente possa mostrar nossa vontade e acabar com esse benefício, que é absurdo”, enfatizou o deputado.

Paulo Alexandre relembrou crimes recentes, cometidos por presos que usufruíam da saidinha, que chocaram a população, como o policial que foi baleado e morto, em Belo Horizonte (MG), e a cozinheira asfixiada em Campinas (SP), ambos nas semanas de Natal e Ano Novo, quando o País liberou mais de 34 mil presos para as festas de fim de ano.

As estatísticas revelam que, aproximadamente, 95% dos beneficiados retornam à carceragem todos os anos. Contudo, não se pode desconsiderar o fato alarmante de que, anualmente, cerca de 5 mil indivíduos optam por permanecer nas ruas, incluindo criminosos
de alta periculosidade envolvidos em atividades ilícitas durante o período fora dos presídios.
 

O deputado destaca que a mudança urgente, evidenciada por este cenário, está parada no Congresso Nacional. É o Projeto de Lei n° 2253/2022, aprovado na Câmara dos Deputados em agosto de 2022 e que aguarda apreciação no Senado Federal desde então. A lentidão no processo exige pressão popular para que o andamento seja retomado o mais breve possível.
 

Para o parlamentar, no entanto, a prática das "saidinhas" é apenas um dos desafios do sistema carcerário brasileiro, que clama por uma série de mudanças estruturais. “O Brasil vive um prende e solta que é vergonhoso. Nós precisamos de uma reforma em todo o Código Penal para que tenhamos penas mais duras e a sociedade possa se sentir mais segura. Essa é a minha luta e posição muito claras no Congresso Nacional”, afirmou Paulo Alexandre.